A tecnologia tem o poder de melhorar nossas vidas em vários aspectos, além de promover segurança  e abundância de recursos, mas nada supera nosso imaginário quando o foco está relacionado a temas futuristas. Seja nos livros ou filmes, a ficção espelha o que esperamos do futuro, principalmente em relação a cidades. 

O que é uma cidade futurista?

A primeira coisa que surge à mente quando queremos definir uma cidade futurista é um ambiente de alta tecnologia, mas o conceito vai muito além disso…

Em outubro de 2019 aconteceu em Kiev, na Ucrânia, a segunda edição da conferência Architecture of the Future que discutiu algumas dessas perspectivas.

Durante o evento, ficou claro que um dos principais desafios da indústria é lidar com a constante transformação das necessidades humanas, em conformidade com as novas tecnologias, de forma sustentável, unindo a realidade física com a realidade virtual naquilo que atualmente chamamos de Metaverso. 

No evento, foram identificados sete pontos principais relacionados às cidades do futuro:

1. Mudanças climáticas: mais do que sustentável, a cidade do futuro precisa estar voltada para a economia de recursos.

2. Tecnologias de ruptura: reuso adaptativo, parametrização do processo criativo, IA (inteligência artificial), IoT (internet das coisas), robótica, impressão 3D e realidade virtual e realidade aumentada são apenas algumas das tecnologias que vão revolucionar a forma como os profissionais da área trabalham.

3. Novos materiais construtivos: apesar da tecnologia ter um impacto menos óbvio, aqui, e aparentar ser resultado da união dos pontos citados anteriormente, velhos métodos com novas abordagens pode ser o caminho para a sustentabilidade.

4. Desenho urbano: assim como em décadas passadas, a arquitetura urbana pode acompanhar as tendências artísticas e culturais inspiradas no futurismo - Algumas cidades, inclusive, já possuem tal arquitetura.

5. Big data e comportamento humano: o conceito de “cidade inteligente” é mais abrangente do que imaginamos. Nesse contexto, os dados serão cada vez mais e melhores analisados para entregar uma cidade voltada ao bem estar social.

6. Co-working e co-living: interações humanas serão ainda mais valorizadas e os espaços serão pensados para a coletividade colaborativa.

7. Arquitetura extraterrestre: com o surgimento da principal empresa de Elon Musk, a SpaceX (Space Exploration Technologies Corporation), foi dada a largada para a nova corrida espacial, e os projetos habitacionais fora da Terra começam a criar forma, seja como estações espaciais, colônias interplanetárias ou mineradoras de asteroides.

O principal objetivo de adaptar as cidades para as novas tecnologias de imersão na realidade virtual, ou mesmo na realidade aumentada, é possibilitar a integração de recursos entre a realidade e o virtual. E isso é o Metaverso!

Imagine conhecer cidades, ou lojas de qualquer cidade, em qualquer país, sem sair de casa; Visitar lugares e/ou eventos com a mesma clareza e experiência de interatividade como se realmente estivesse lá... E você estará, mas por intermédio do metaverso.

Com a integração da realidade física com a realidade virtual você poderá efetuar compras na realidade virtual e receber em sua casa física, ou efetuar compras numa loja física para acessar/usar na realidade virtual. E essa será a melhor versão de uma cidade futurista para o metaverso: a integração dos mundos, virtual e real, com experiências praticamente indistinguíveis!

As necessidades humanas estão em plena transformação; As novas tecnologias surgem e evoluem cada vez mais rápido; E os desafios de projetar cidades centradas no ser humano estão convergindo… É inevitável.